A
Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) é uma das iniciativas que rendeu ao
Brasil, reconhecimento especial da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e
da revista científica britânica The Lancet como referência mundial em aleitamento
materno.
O país tem posição de destaque em relação a nações de alta renda como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Espanha e China, em função das políticas públicas adotadas há pelo menos 30 anos.
O país tem posição de destaque em relação a nações de alta renda como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Espanha e China, em função das políticas públicas adotadas há pelo menos 30 anos.
Dentre os 292 bancos de leite humano existentes no mundo - implantados em 21 países das Américas, Europa e África - 72,9% deles estão no Brasil (213). Essas unidades beneficiaram, entre 2008 e 2014, 88,5% (cerca de 11 milhões) de todas as mulheres assistidas no planeta e contaram com o apoio de 93,2% das doadoras de leite (1,1 milhão de brasileiras). As mulheres brasileiras foram responsáveis por 89,2% da coleta dos 1,1 milhão de litros de leite doados e beneficiaram 79,1% de todos os recém-nascidos atendidos nesses espaços, tornando o Brasil no país que registra o maior número de doadoras de leite humano do mundo.
Além
dos bancos de leite, a revista The Lancet e a OPAS atribuem a evolução das
taxas de amamentação no país a um conjunto de políticas integradas de incentivo
à amamentação.
O documento que reconhece o protagonismo do Brasil cita a regulamentação da Lei de Amamentação, assinada em novembro de 2015, que limita a comercialização de substitutos do leite materno, promove a licença maternidade de 4 a 6 meses e melhora os processos sistemáticos de certificação dos hospitais Amigos da Criança, assegurando padrões de qualidade e treinamento constante de profissionais de saúde, liderança governamental, investimentos e uma ativa participação da sociedade civil.
O documento que reconhece o protagonismo do Brasil cita a regulamentação da Lei de Amamentação, assinada em novembro de 2015, que limita a comercialização de substitutos do leite materno, promove a licença maternidade de 4 a 6 meses e melhora os processos sistemáticos de certificação dos hospitais Amigos da Criança, assegurando padrões de qualidade e treinamento constante de profissionais de saúde, liderança governamental, investimentos e uma ativa participação da sociedade civil.
“Sabemos
que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em
crianças menores de cinco anos e estamos conseguindo reduções fantásticas na
mortalidade infantil. Em 2008, 41% das crianças brasileiras já eram amamentadas
até os seis meses de vida, de forma exclusiva, e devido às nossas ações,
campanhas, políticas e investimentos esse número só vem crescendo, o que é um
motivo de comemoração e satisfação para todos nós”, comemora o ministro da
Saúde, Marcelo Castro. Durante o evento também foi lançada a nova série da revista
científica britânica The Lancet, contendo o maior e mais abrangente estudo
comparativo já feito sobre aleitamento materno: a equipe analisou dados
coletados em 153 países.
De
acordo com a coordenadora da Unidade Técnica de Família, Gênero e Curso de Vida
da OPAS/OMS, Haydee Padilha, o Brasil se evidenciou nos últimos anos como um
exemplo para os outros países. “Devido a suas políticas, regulações,
normativas, estratégias de fortalecimento dos recursos humanos e capacitações,
assim como iniciativas de educação para toda a população sobre a importância da
amamentação, além da importante participação da sociedade civil. Esperemos que
este reconhecimento ao país possa fortalecer a política de aleitamento materno
no Brasil e nas Américas”.
África Portuguesa e Península Ibérica.
Uruguai, Venezuela e Equador receberam as primeiras tecnologias transferidas, e
Portugal e Espanha receberam os primeiros bancos no modelo brasileiro. Na
última década, quase 2 milhões de recém nascidos no Brasil receberam leite
humano processado com a qualidade da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
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